Estranho muito a ideia de estar em 2022. Quase 2023. Estranho mais ainda ver as pessoas ao redor vivendo como se a pandemia não tivesse acontecido, como se a gente já tivesse acabado de digerir o que foi esse trauma coletivo. Com quatro doses de vacina, é claro que o cenário é outro, e aos poucos o mundo volta à normalidade (para o bem e para o mal, porque aquela ilusão de que a sociedade sairia mais consciente da pandemia parece, infelizmente, ter ficado presa em 2020). Ainda assim, são 600 mil mortos. Muitos meses de isolamento e pavor. Mesmo quem não perdeu ninguém foi atravessado pelas perdas ao redor, pelas notícias diárias de novas covas sendo cavadas, pelo tempo trancado em casa, a neurose das compras lavadas, a angústia diante de qualquer aproximação.
A imagem desfocada definiu perfeitamente, parece que rolou algum lapso temporal e a gente veio parar onde não deveria, sei lá, rs. Brigada pelo comentário e pela leitura! :)
maíra, que relato corajoso sobre seus sentimentos... a pandemia atropelou a gente e ainda vai demorar pra digerir tudo, cada uma no seu tempo... escrever pode ajudar a reconstruir, acredito muito nisso. sigo te lendo e torcendo pros cacos fazerem sentido pra ti. :)
O novo normal como muita gente ficava repetindo nao tem nada a ver com uma nova ordem em que todos vivem com novos valores.
O novo normal é se ver fora do eu de 2019 como vc referiu. Dificil se reencaixar, como se fosse uma imagem desfocada tentando centrar num so eu.
Gosto bastante da sua newsletter. Continuamos por aqui te lendo.
Beijos!
Marcelo
A imagem desfocada definiu perfeitamente, parece que rolou algum lapso temporal e a gente veio parar onde não deveria, sei lá, rs. Brigada pelo comentário e pela leitura! :)
Suas palavras encontraram eco aqui, Maíra. Obrigada por compartilhar suas ruínas, torço para elas te mostrarem novos modos de reconstrução. Bjs!
maíra, que relato corajoso sobre seus sentimentos... a pandemia atropelou a gente e ainda vai demorar pra digerir tudo, cada uma no seu tempo... escrever pode ajudar a reconstruir, acredito muito nisso. sigo te lendo e torcendo pros cacos fazerem sentido pra ti. :)
Senti cada palavra como se minha fosse. Um abraço.