1. Quando você trouxe que "ainda era possível entrar e sair da internet", nossa, que bizarro pensar isso! Também sou da década de 90 e lembro quando a internet lá em casa só podia ser usada nos finais de semana e ainda tinha que dividir com a família toda. Eu entrava, organizava meu perfil no orkut e depois saia, só voltava no próximo sábado, parece até um mundo distópico.
2. Esse ponto aqui: "O importante é não desperdiçar: se desenhou, tem que postar; escreveu, tem que postar; produziu, tem que postar; pensou, tem que postar; viveu, tem que postar. Junto à lógica do “tudo deve ser preenchido”, outra máxima que eles não nos deixam esquecer: “tudo deve ser aproveitado”."
Há alguns meses me peguei pensando exatamente nisso quando me vi querendo fazer as coisas apenas para postar no instagram. A viagem só poderia ser legal se eu conseguisse postar. Depois disso, todas as vezes que penso em postar qualquer coisa eu me pergunto: Você está querendo postar isso por que? Para quem? Para quê? Geralmente a resposta é sempre a mesma e eu vejo que o postar ali na rede seria apenas para acalentar meu ego, nada além.
Enfim, seu ótimo texto me trouxe muitas reflexões, obrigada!
Pois é, eu me flagrei tendo muitas vezes essa sensação também, como se aquilo que não fosse postado fosse de alguma forma menos real...? Se eu vivi e não postei, parece que faltou alguma coisa. É assustador. Também sinto falta da época que a gente entrava e saía, lembro que eu marcava horário pra entrar no MSN e conversar com os meus amigos hahaha.
Brigada pelo comentário, que bom que o texto ressoou por aí. ♥️
eu também nasci em 1990 e sinto falta daquele jeito de usar a internet, de quando eu era adolescente, com horários e momentos para estar conectada. ultimamente tenho tentado me aproximar daquele formato. tem dias que me sinto excluída, porque a comunicação do dia a dia é permeada por essa estrutura superconectada, mas confesso que tem feito muito bem para a saúde mental.
Nossa, sim, tenho pensado em adotar esse formato "old school" de uso da internet também, hahaha. O que acho difícil é que hoje em dia parece que tá tudo embaralhado com o virtual, né. Oportunidades de trabalho, relacionamentos, amizades, tudo se embaralha com o uso da internet de tal forma que fica difícil restringir um sem restringir os outros.
Nossa, tenho pensado tanto sobre isso! E a necessidade de divulgar a news nas redes me engole porque a verdade é que nem mais lá eu queria estar na maior parte do tempo. Mas sempre achando que vou perder uma discussão importante, uma dica de leitura, um insight de pauta, mas no fundo acaba tudo numa bola de neve.
Essa semana coloquei o app do Instagram lá pra última página de apps para frear meu acesso por impulso, que clica sem nem pensar. Reduzir faz sempre bem (pra mim). Reflexões pra muitos dias ❤️
Ainda tem isso, quando a gente tenta restringir o uso bate essa sensação horrível de que estamos perdendo algo muito importante, né. É quase um relacionamento abusivo o que a gente tem com a internet hoje em dia. Mas essas pequenas estratégias de dificultar o acesso também me ajudam muito.
Se, quem nasceu nos anos 90 encontrou mato, eu que sou de 1960, só encontrei gelo. Uma época que, por ser filho de médico e da classe quase média, tínhamos telefone em casa (25-00-10; não é data, é o número do telefone em casa).
Hahaha eu lembro quando meus pais compraram o primeiro telefone fixo também, foi um grande acontecimento, eu era criança e achava o máximo aquele telefone.
" [...] cheguei aqui quando era tudo mato, numa época em que ainda era possível entrar e sair da internet. Hoje, parece que já não há saída".
Nós, que nascemos nos anos 90, bem sabemos disso. Era tão bom ir na lan house (pois eu não tinha computador em casa), pagar 0,50 por meia hora de acesso ou 1,00 para uma hora. Entrar no Orkut (que saudades, inclusive), e esperar até a próxima vez que eu tivesse uns trocados. Era muito bom. Quando podíamos entrar e sair.
Olá. Isso é recorrente para mim. Ás vezes rolo o feed e é tudo tão igual.. tudo tão padronizado.. Já coloquei limitação de tempo para diminuir o uso... Excluí outras redes, mudei para outras.. para tentar "amenizar"... Parabéns pelo texto, um dos melhores que li atualmente.
Quero muito uma saída da internet!!! Também não sei como criar estando tão conectada, ficando tão permeável ao rolê aleatório dos outros. Um beijo grande em vc 🖤 e obrigada pela indicação da news ;)
Seu texto me "abraçou". me sinto muito assim. Já criei conteúdo com muito afinco, e embora queira continuar compartilhando minhas ideias, sinto que me perdi. Não consigo escrever, parece que as ideias estão sempre bagunçadas e que tudo me distrai. quero encontrar o equilíbrio entre o compartilhar e o viver, não quero transformar minha vida em conteudo pra ninguem, só quero jogar umas ideias e fotos legais e falar das coisas que acho interessantes.
Oi Maíra! Conheci sua news hoje e você já me ganhou com esse texto :) que louco pensar que nós, que já estamos nos 30+, podíamos sair da internet e escolher estar desconectadas. Éramos mais livres, mesmo que mais jovens. Hoje, ao mesmo tempo que o espaço online permite que a gente crie, suga a nossa energia, nos provocando a não criar e viver no automático e no mundo da comparação o tempo todo. Parabéns pela escrita e pelo trabalho! Amei! Beijo grande
Adorei essa sua reflexão, deixei de indicação na news que soltei essa semana, acho que os assuntos se juntam um pouco, vou deixar aqui se quiser conferir também.
Simplesmente genial! Eu me pego angustiado quando vejo alguém imerso nesse ciclo (inclusive eu mesmo). Tento ao MÁXIMO me forçar pra fazer coisas diferentes pra tentar ter a sensação de estar "fazendo algo conscientemente".
E a frase "importante é não desperdiçar" , me fez pensar no dono da padaria que aproveita os farelos de frios que ficam no fatiador pra fazer pão recheado. O importante é não desperdiçar, e de preferência, lucrar com o não desperdício.
Dois pontos me bateram forte aqui:
1. Quando você trouxe que "ainda era possível entrar e sair da internet", nossa, que bizarro pensar isso! Também sou da década de 90 e lembro quando a internet lá em casa só podia ser usada nos finais de semana e ainda tinha que dividir com a família toda. Eu entrava, organizava meu perfil no orkut e depois saia, só voltava no próximo sábado, parece até um mundo distópico.
2. Esse ponto aqui: "O importante é não desperdiçar: se desenhou, tem que postar; escreveu, tem que postar; produziu, tem que postar; pensou, tem que postar; viveu, tem que postar. Junto à lógica do “tudo deve ser preenchido”, outra máxima que eles não nos deixam esquecer: “tudo deve ser aproveitado”."
Há alguns meses me peguei pensando exatamente nisso quando me vi querendo fazer as coisas apenas para postar no instagram. A viagem só poderia ser legal se eu conseguisse postar. Depois disso, todas as vezes que penso em postar qualquer coisa eu me pergunto: Você está querendo postar isso por que? Para quem? Para quê? Geralmente a resposta é sempre a mesma e eu vejo que o postar ali na rede seria apenas para acalentar meu ego, nada além.
Enfim, seu ótimo texto me trouxe muitas reflexões, obrigada!
Pois é, eu me flagrei tendo muitas vezes essa sensação também, como se aquilo que não fosse postado fosse de alguma forma menos real...? Se eu vivi e não postei, parece que faltou alguma coisa. É assustador. Também sinto falta da época que a gente entrava e saía, lembro que eu marcava horário pra entrar no MSN e conversar com os meus amigos hahaha.
Brigada pelo comentário, que bom que o texto ressoou por aí. ♥️
eu também nasci em 1990 e sinto falta daquele jeito de usar a internet, de quando eu era adolescente, com horários e momentos para estar conectada. ultimamente tenho tentado me aproximar daquele formato. tem dias que me sinto excluída, porque a comunicação do dia a dia é permeada por essa estrutura superconectada, mas confesso que tem feito muito bem para a saúde mental.
ótima reflexão, maíra.
valeu pelo texto :)
Nossa, sim, tenho pensado em adotar esse formato "old school" de uso da internet também, hahaha. O que acho difícil é que hoje em dia parece que tá tudo embaralhado com o virtual, né. Oportunidades de trabalho, relacionamentos, amizades, tudo se embaralha com o uso da internet de tal forma que fica difícil restringir um sem restringir os outros.
Nossa, tenho pensado tanto sobre isso! E a necessidade de divulgar a news nas redes me engole porque a verdade é que nem mais lá eu queria estar na maior parte do tempo. Mas sempre achando que vou perder uma discussão importante, uma dica de leitura, um insight de pauta, mas no fundo acaba tudo numa bola de neve.
Essa semana coloquei o app do Instagram lá pra última página de apps para frear meu acesso por impulso, que clica sem nem pensar. Reduzir faz sempre bem (pra mim). Reflexões pra muitos dias ❤️
Ainda tem isso, quando a gente tenta restringir o uso bate essa sensação horrível de que estamos perdendo algo muito importante, né. É quase um relacionamento abusivo o que a gente tem com a internet hoje em dia. Mas essas pequenas estratégias de dificultar o acesso também me ajudam muito.
Brigada pelo comentário ♥️
Se, quem nasceu nos anos 90 encontrou mato, eu que sou de 1960, só encontrei gelo. Uma época que, por ser filho de médico e da classe quase média, tínhamos telefone em casa (25-00-10; não é data, é o número do telefone em casa).
Hahaha eu lembro quando meus pais compraram o primeiro telefone fixo também, foi um grande acontecimento, eu era criança e achava o máximo aquele telefone.
" [...] cheguei aqui quando era tudo mato, numa época em que ainda era possível entrar e sair da internet. Hoje, parece que já não há saída".
Nós, que nascemos nos anos 90, bem sabemos disso. Era tão bom ir na lan house (pois eu não tinha computador em casa), pagar 0,50 por meia hora de acesso ou 1,00 para uma hora. Entrar no Orkut (que saudades, inclusive), e esperar até a próxima vez que eu tivesse uns trocados. Era muito bom. Quando podíamos entrar e sair.
Hahaha simm, eu lembro que marcava hora pra entrar no MSN ao mesmo tempo que os meus amigos e poder conversar com eles!
Olá. Isso é recorrente para mim. Ás vezes rolo o feed e é tudo tão igual.. tudo tão padronizado.. Já coloquei limitação de tempo para diminuir o uso... Excluí outras redes, mudei para outras.. para tentar "amenizar"... Parabéns pelo texto, um dos melhores que li atualmente.
Quero muito uma saída da internet!!! Também não sei como criar estando tão conectada, ficando tão permeável ao rolê aleatório dos outros. Um beijo grande em vc 🖤 e obrigada pela indicação da news ;)
Enquanto lia pensei exatamente no trecho de Ciranda de Pedra e dei um risinho quando vi a citação! :)
Hahaha esse trecho é maravilhoso!
Adorei essa edição, Maíra!
Inclusive, me lembrou um texto que também escrevi por aqui (https://esdraspereira.substack.com/p/32-vida-vivida-silencios).
Quando é que vamos conseguir parar um pouco, hein?! Parece que virou utopia...
Seu texto me "abraçou". me sinto muito assim. Já criei conteúdo com muito afinco, e embora queira continuar compartilhando minhas ideias, sinto que me perdi. Não consigo escrever, parece que as ideias estão sempre bagunçadas e que tudo me distrai. quero encontrar o equilíbrio entre o compartilhar e o viver, não quero transformar minha vida em conteudo pra ninguem, só quero jogar umas ideias e fotos legais e falar das coisas que acho interessantes.
Você conseguiu alugar um triplex IMENSO na minha cabeça. Obrigada!
Oi Maíra! Conheci sua news hoje e você já me ganhou com esse texto :) que louco pensar que nós, que já estamos nos 30+, podíamos sair da internet e escolher estar desconectadas. Éramos mais livres, mesmo que mais jovens. Hoje, ao mesmo tempo que o espaço online permite que a gente crie, suga a nossa energia, nos provocando a não criar e viver no automático e no mundo da comparação o tempo todo. Parabéns pela escrita e pelo trabalho! Amei! Beijo grande
Nossa, me identifiquei demais.
Oi Maíra, tudo bem?
Adorei essa sua reflexão, deixei de indicação na news que soltei essa semana, acho que os assuntos se juntam um pouco, vou deixar aqui se quiser conferir também.
beijos
https://marianaveiga.substack.com/p/a-dificil-arte-de-ser-um-curador?utm_source=substack&utm_medium=email
🥰🥰🥰
Simplesmente genial! Eu me pego angustiado quando vejo alguém imerso nesse ciclo (inclusive eu mesmo). Tento ao MÁXIMO me forçar pra fazer coisas diferentes pra tentar ter a sensação de estar "fazendo algo conscientemente".
E a frase "importante é não desperdiçar" , me fez pensar no dono da padaria que aproveita os farelos de frios que ficam no fatiador pra fazer pão recheado. O importante é não desperdiçar, e de preferência, lucrar com o não desperdício.