1. Já faz alguns anos que me aposentei do amor. Uma aposentadoria precoce, dizem, aos 26. Mas o amor me parecia um lugar desconfortável desde os 15. Fenômeno esquisito que me arrancava de mim mesma, atropelava meus planos e tentativas de controle, me distraía e arrastava a uns lugares distantes, muitas vezes incompatíveis com os cronogramas que eu estabelecia para mim. Estar apaixonada era assustador. Mas, como os fãs de montanha-russa que quase infartam e cinco minutos depois estão na fila para entrar no brinquedo outra vez, eu voltava. Voltava obsessivamente. Passei uns bons anos viciada em me apaixonar. O depois não me interessava tanto. O que eu queria era o momento exato da falta de fôlego, a suspensão temporária do tédio, o corpo aceso e borbulhante.
Falando do ponto de vista da amiga que casou, mas da minha perspectiva, claro, já que nem a conheço (rs): quando a paixão arrefece mas a relação por algum(s) motivo(s) perdura, é possível encontrar esse lugar de descanso, independente do formato, e voltar pra nós mesmas. Poder explorar nossos interesses, nossas potencialidades, sentindo que tem alguém ao lado nos apoiando, nos dando suporte emocional (e outros benefícios. rs), dá uma sensação de conforto, de casa e, ao mesmo tempo, conforme vamos mudando nos nossos processos individuais, vamos tendo o prazer de nos (re)conhecer novamente (talvez em algum momento a mudança leve pra um lugar que nos distancie e a relação não faça mais sentido e isso também faz parte do trajeto). Eu sou suspeita pra comentar o assunto, porque eu amo amar <3
Maíra do céu, seu texto me desnorteou e mais uma vez me sinto abraçada por me identificar TANTO contigo. sério mesmo! Aliás, felicidade imensa que vc comprou Caderno Proibido e Não Fossem as Sílabas, dois mega favoritos por aqui!!!!!
Eu tô totalmente desnorteada com suas palavras. Tô até meio tonta. Eu desisti do amor há quase quatro meses, e não por falta de tentativa, até diria que essa foi a última chance que ele teve comigo, mas confesso que queria uma última chance de novo - ou não. Seu texto me acertou em cheio. E assista Fleabag. Apenas assista.
Maíra, que texto! Fui dar uma respirada depois de ter lido e voltei agora pra poder comentar. O final me pegou demais: “Às vezes, tudo o que uma pessoa precisa é sair de si”.
Eu sou fã da paixão, sinto muita falta de me sentir nesse campo eufórico que é esse sentimento. Ah, não quero falar muito, você disse tanto na publicação... vou continuar aqui sentindo suas palavras pelo resto da noite, e salvei pra reler quantas vezes eu quiser. <3
sair de si para encontrar novos rios ❤️
sei não, vc pode ter desistido do amor, mas o amor não desistiu de vc. vejo ele nas palavras por aqui o tempo todo.
lindo texto. grande abraço!
Falando do ponto de vista da amiga que casou, mas da minha perspectiva, claro, já que nem a conheço (rs): quando a paixão arrefece mas a relação por algum(s) motivo(s) perdura, é possível encontrar esse lugar de descanso, independente do formato, e voltar pra nós mesmas. Poder explorar nossos interesses, nossas potencialidades, sentindo que tem alguém ao lado nos apoiando, nos dando suporte emocional (e outros benefícios. rs), dá uma sensação de conforto, de casa e, ao mesmo tempo, conforme vamos mudando nos nossos processos individuais, vamos tendo o prazer de nos (re)conhecer novamente (talvez em algum momento a mudança leve pra um lugar que nos distancie e a relação não faça mais sentido e isso também faz parte do trajeto). Eu sou suspeita pra comentar o assunto, porque eu amo amar <3
terminei de ler querendo que fosse um livro com várias páginas ainda por vir <3
"Nada tem me tirado de mim. O que é uma pena. Às vezes, tudo o que uma pessoa precisa é sair de si.", já está no meu bloco de notas. Obrigada.
Muitas vezes as amigas vêm com conselhos não solicitados e racionais quando tudo que eu quero é conscientemente sair um pouco de tanto eu.
Maíra do céu, seu texto me desnorteou e mais uma vez me sinto abraçada por me identificar TANTO contigo. sério mesmo! Aliás, felicidade imensa que vc comprou Caderno Proibido e Não Fossem as Sílabas, dois mega favoritos por aqui!!!!!
Que news gostosa de ler 💜 uma das melhores edições
Muito obrigado por este texto. Me inspirou a fazer a minha versão.
Coincidência ou não, Felabag tem muito a ver com esses resmungos. Independente do momento, apenas assista.
gente 🤍
Que coisa mais linda, meu deus do céeeeu! <3
Apenas animada pro nosso café daqui há muitos meses, com papo sobre esse texto e outras coisas mais. Obrigada por essa joia. 💌
um nível absurdo de identificação! sua news é uma das minhas preferidas, maíra. amo receber na minha caixa de entrada!
Lindíssimo e muito preciso, Maíra
Eu tô totalmente desnorteada com suas palavras. Tô até meio tonta. Eu desisti do amor há quase quatro meses, e não por falta de tentativa, até diria que essa foi a última chance que ele teve comigo, mas confesso que queria uma última chance de novo - ou não. Seu texto me acertou em cheio. E assista Fleabag. Apenas assista.
Maíra, que texto! Fui dar uma respirada depois de ter lido e voltei agora pra poder comentar. O final me pegou demais: “Às vezes, tudo o que uma pessoa precisa é sair de si”.
Eu sou fã da paixão, sinto muita falta de me sentir nesse campo eufórico que é esse sentimento. Ah, não quero falar muito, você disse tanto na publicação... vou continuar aqui sentindo suas palavras pelo resto da noite, e salvei pra reler quantas vezes eu quiser. <3
aiaiai o que dizer apenas sentir ✨✨✨