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Sou autista e não faço a menor ideia de como começar e manter amizades. Não consigo captar as regras implícitas e aplicá-las na minha vida, da forma como as pessoas típicas parecem fazer. De qualquer forma, como acontece com muitas outras coisas, precisaria de adaptações, mesmo que alguém estivesse disposto a me ensinar as regras de maneira explícita. Por outro lado, sou assexual, sem nenhum interesse em relacionamentos românticos de qualquer tipo, e por vezes é com estranheza que encaro a obsessão de nossa sociedade com relacionamentos românticos, quase como se o ser humano não pudesse viver sem um, quase como se fosse imperativo gostar mais do par romântico que de um amigo. Já ouvi pessoas dizendo que amadureceram muito quando começaram a namorar e sempre sinto certa insegurança com minha vida de solteira, mas será que não podemos amadurecer por meio de nossas amizades?

Sendo autista, talvez o conceito de baixa manutenção afetiva nem faça sentido para mim (precisaria do conceito de amizade atípica, talvez?), mas me parece que dar mais atenção a amigos que a namorados é um ato de rebeldia (e não é muito difícil ser rebelde hoje em dia, não é? Basta dormir 8h por noite, rsrsrs).

Obrigada por me proporcionar essa reflexão!

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Reflexão sensacional!

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Me fez refletir sobre meu comportamento em relação às amizades. Obrigado pelo texto!

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UAU. Maíra, que texto lindo, simples e muito profundo ao mesmo tempo. Eu, que sequer vivo um relacionamento amoroso monogâmico, reproduzo constantemente essa lógica de "baixa manutenção" pra justificar minha ausência na vida de amigas. Deixou as reflexões pipocando por aqui <3

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Nossa, me esclareceu tantas coisas esse texto!

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