Acho que o que mais me doeu no último término foi o fim dessa linguagem (e mundo) compartilhado que de repente não existe mais. Fiquei uns bons 6 meses sem conseguir fazer o café da manhã que fazíamos juntas porque me dava vontade de chorar haha. Hoje nem lembro, ele é meu de volta. :)
Simm, parece que a gente perde não só a relação, mas também todas as coisas que orbitavam a pessoa, né? E marcavam a nossa relação com ela. Mas é isso, aos poucos vamos retomando e criando também novos caminhos, novos hábitos. Brigada, meu bem! ♥️
Passando por um término agora tb, de um relacionamento bem longo. O fim de linguagem compartilhada é o que me pega mais. Acho que a representação máxima disso por aqui foi encerrar o foguinho de troca de mensagens no TikTok kkkkk
Espero que fique bem ❤️ se eu fosse do RJ te chamava pra chorar as pitangas juntas kkkk
Eu sinto que (pra mim) o problema desses nós no peito é que eu tenho medo de sentí-los e por isso faço um esforço pra fugir deles. E é esse esforço que em mim piora tudo, pois as forças que eu tenho pra lidar com essa tristeza eu estou usando pra brigar com ela, temê-la e fugir dela. É como se evitando um problema (sentir a dor) eu na verdade criasse outro, que é ficar arrumando maneiras de fugir dela. Como não há fuga possível, qdo eu sou obrigada a sentar com essa dor que quer ser vista eu chego exausta e mais quebrada ainda da fuga. Era mais fácil pra mim, no fim das contas, gastar aquela energia toda chorando mesmo e vivendo o luto até ele lentamente se dissipar. Mas o luto é bruto, ainda mais no princípio, eu aí volto eu a fugir dele pra só encará-lo em doses homeopáticas.
Sim, entendo bem o que você diz. Eu acabo tomando um dos dois caminhos: ou fujo da dor e me enfio em qualquer distração que me aliene até não ser mais possível fugir (e aí a porrada vem bem maior depois); ou faço o oposto e passo vários dias de cama só chorando e sem querer existir, pra tentar gastar logo toda a dor e conseguir tirar qualquer resquício dela do meu corpo. Mas sentir a dor em doses homeopáticas pode ser bom, uma estratégia de redução de danos. Um pouco de luto, um pouco de distração, sabe?
Caramba, 8 anos é coisa pra caramba mesmo. Às vezes demora pra gente se recuperar, mas aos pouquinhos vamos reconstruindo as coisas. Espero que fique bem por aí.
Que belo o teu texto, Maíra! Recebe o meu abraço apertado, de mulher para mulher, que já passou por isso. Há um poema do Drummond em que ele afirma que não há falta na ausência. A ausência "é um estar-em-mim" profundo! Vive essa ausência e derrama tudo o que sair dela em forma de poesia. Vais ver que foi um "livramento", como dizem as mulheres maduras, e vais produzir algo em texto que não o faria se não estivesses em "ausência/estar-em-ti". Um beijo!
Caramba, 12 anos, que loucura, nem consigo imaginar o susto depois de um término desses. Mas que bom que foi libertador, às vezes é, né? Às vezes tem qualquer coisa de alívio. Brigada! ♥️
aaaaaaaaaaa passando por isso também, a dor não diminui, nós é que crescemos ao redor dela !
Perfeito isso que você disse. ♥️
Acho que o que mais me doeu no último término foi o fim dessa linguagem (e mundo) compartilhado que de repente não existe mais. Fiquei uns bons 6 meses sem conseguir fazer o café da manhã que fazíamos juntas porque me dava vontade de chorar haha. Hoje nem lembro, ele é meu de volta. :)
Simm, parece que a gente perde não só a relação, mas também todas as coisas que orbitavam a pessoa, né? E marcavam a nossa relação com ela. Mas é isso, aos poucos vamos retomando e criando também novos caminhos, novos hábitos. Brigada, meu bem! ♥️
um abraço apertado pra dar coragem no novo ciclo <3
que bonito isso. tome o seu tempo, seja ele o quanto for. vai passar. enquanto isso, vai fazendo coisinhas. importante não parar de remar. um abraço.
Não parar de remar, é isso. Brigada, querida! ♥️
terminei duas semanas atrás, ainda é bizarra essa existência em um mundo que parece o mesmo mas que não é. mas sobrevivemos!
É estranho, né? “Um mundo que parece o mesmo mas não é” foi uma ótima descrição pra esse susto.
Passando por um término agora tb, de um relacionamento bem longo. O fim de linguagem compartilhada é o que me pega mais. Acho que a representação máxima disso por aqui foi encerrar o foguinho de troca de mensagens no TikTok kkkkk
Espero que fique bem ❤️ se eu fosse do RJ te chamava pra chorar as pitangas juntas kkkk
Meu deus, perder a troca de memes e vídeos é triste mesmo 🥲 Uma pena que não somos da mesma cidade! Fica bem você também, vai melhorar. ♥️
Eu sinto que (pra mim) o problema desses nós no peito é que eu tenho medo de sentí-los e por isso faço um esforço pra fugir deles. E é esse esforço que em mim piora tudo, pois as forças que eu tenho pra lidar com essa tristeza eu estou usando pra brigar com ela, temê-la e fugir dela. É como se evitando um problema (sentir a dor) eu na verdade criasse outro, que é ficar arrumando maneiras de fugir dela. Como não há fuga possível, qdo eu sou obrigada a sentar com essa dor que quer ser vista eu chego exausta e mais quebrada ainda da fuga. Era mais fácil pra mim, no fim das contas, gastar aquela energia toda chorando mesmo e vivendo o luto até ele lentamente se dissipar. Mas o luto é bruto, ainda mais no princípio, eu aí volto eu a fugir dele pra só encará-lo em doses homeopáticas.
Sim, entendo bem o que você diz. Eu acabo tomando um dos dois caminhos: ou fujo da dor e me enfio em qualquer distração que me aliene até não ser mais possível fugir (e aí a porrada vem bem maior depois); ou faço o oposto e passo vários dias de cama só chorando e sem querer existir, pra tentar gastar logo toda a dor e conseguir tirar qualquer resquício dela do meu corpo. Mas sentir a dor em doses homeopáticas pode ser bom, uma estratégia de redução de danos. Um pouco de luto, um pouco de distração, sabe?
Que os bons ventos calma assim te leve.
Vai passar.
Um beijo.
Brigada, querida! ♥️
Terminei um relacionamento de quase oito anos. Há quatro meses. Ainda não passou.
Caramba, 8 anos é coisa pra caramba mesmo. Às vezes demora pra gente se recuperar, mas aos pouquinhos vamos reconstruindo as coisas. Espero que fique bem por aí.
Chorei <3
♥️♥️
um abraço muito forte em você, amiga. sigo por aqui admirando profundamente absolutamente tudo que vc escreve <3
Sua querida ♥️ Começo do ano vou estar em São Paulo de novo, vamos marcar coisinhas!
Que belo o teu texto, Maíra! Recebe o meu abraço apertado, de mulher para mulher, que já passou por isso. Há um poema do Drummond em que ele afirma que não há falta na ausência. A ausência "é um estar-em-mim" profundo! Vive essa ausência e derrama tudo o que sair dela em forma de poesia. Vais ver que foi um "livramento", como dizem as mulheres maduras, e vais produzir algo em texto que não o faria se não estivesses em "ausência/estar-em-ti". Um beijo!
Que bonito isso do Drummond. ♥️ Brigada pelas palavras, querida!
Términos são sempre difíceis. Lembro quando encerrei meu primeiro casamento, de 12 anos. Foi sofrido, mas ao mesmo tempo libertador.
Desejo bons ventos! 🌻
Caramba, 12 anos, que loucura, nem consigo imaginar o susto depois de um término desses. Mas que bom que foi libertador, às vezes é, né? Às vezes tem qualquer coisa de alívio. Brigada! ♥️
Que texto lindo.
Adorei o conceito do ciclo "destruição-e-reconstrução". Ultimamente ando juntando meus caquinhos e me senti representada
malditos ninjas cortadores de cebola! 😭 Acabei de terminar e meu deus, como esse texto ecou aqui dentro. 💔